A DOLOROSA CARTA DOS PRESOS POLÍTICOS MILITARES ARGENTINOS.
Ontem lemos a carta do Coronel “VGM” Horácio Losito.
Impossível não estremecer, não lastimar. O massacre físico e moral perduram e dizimam sem piedade, com a aquiescência da população, a glória, as tradições e a honra dos militares argentinos.
A carta não é um lamento, é um desabafo. É uma tragédia, um grito de amargura, de tristeza.
Na Argentina, a guerra contra a subversão foi sangrenta. Indiscriminadamente, os militares eram alvos, tanto que durante um bom período foram proibidos de andar fardados.
Lá, como aqui, os derrotados na guerra desencadeada pela Internacional Comunista subiram ao poder. E com as mesmas armas de convencimento ganharam os louros da governança. E da justiça.
Aqui, aconteceu o mesmo, ou melhor, na impossibilidade do fuzilamento no “Paredón”, ou da prisão arbitrária sob a égide de uma justiça parcial, preferiram o desgaste de longa duração.
Empenharam-se em difamar, desmoralizar, e conseguiram, mas diante da inquestionável verdade de que os agentes da repressão, militares ou não, enfrentaram um bando de criminosos, não foram capazes, apesar do empenho, de crucificá - los em praça publica.
Mas restou o revanchismo, uma doce vingança curtida ao máximo, com esplendidos resultados.
Na Argentina, eles conseguiram. Causaram um dano irreparável às Forças Militares daquela Nação. Basta ler a CARTA ANEXA para termos uma pálida ideia do calvário que os militares argentinos padecem. E não se esqueçam de suas famílias.
Assim como os militares brasileiros são civis fardados, os militares argentinos são cidadãos argentinos.
No Brasil, a esquerdalha deve lamentar não ter chegado a tanto, de pôr nas grades cidadãos que cumpriam ordens, que buscavam manter a paz e a tranquilidade da população com o sacrifício da própria vida. Mas eles não sossegam.
A Comissão da Verdade está afiando as garras para o trucidamento, para jogar sobre aqueles brasileiros a pecha de assassinos, de vândalos, de canalhas. Pretendem criar e exacerbar o “Clamor Publico” para, ao arrepio das leis, transformar inocentes, dedicados profissionais na pária nacional.
Nós, após tantos reveses, após tantos silêncios, tantas omissões e falta de coragem, tememos o que poderá acontecer.
As Forças Armadas, formadoras daquela parcela escolhida entre os seus melhores profissionais, que atuaram contra o terrorismo, assaltantes de bancos e sequestradores ao se omitirem na defesa de seus integrantes, cometem perjúrio ao não defendê - los; e no seu conivente silêncio, e surpreendente aval à canalha, por óbvio, admitem que foram péssimas escolas, e geraram sádicos e irresponsáveis.
Por isso, para evitar a formação de futuros degenerados impõe – se a revisão dos currículos militares. Que sejam expurgados velhos princípios, que se danem os Valores e as Virtudes que caíram em desuso e foram atropelados pela nova ideologia que grassa no Brasil, a vigência da irresponsabilidade, da corrupção, do não sei, do não vi, e do nada tenho com isto.
Esqueçamos os nossos instrutores nas Escolas, lembram – se, aqueles que admirávamos, pois ao pregarem a lealdade, o respeito à Hierarquia e à Disciplina construíram os monstros da nossa geração militar.
Deploramos o que ocorre na Argentina e aos 400 militares presos em diferentes penitenciárias do País.
Mas, lamentamos o que ocorreu, ocorre e ocorrerá por aqui. Com pesar vemos uma IDENTIDADE que pesquisamos forjada desde o nosso descobrimento, a PERSONALIDADE do Exército Brasileiro, sendo maculada. Com a mais profunda magoa, não podemos dizer que não vimos, que de nada sabemos, pois vivenciamos este lamentável episódio de desconstrução de uma admirável Instituição.
Brasília, DF, 11 de setembro de 2011.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira.