O “DIA DO SOLDADO” ou um breve perfil de CAXIAS.

25/08/2011 16:15

     Em nossos esporádicos textos sujamos os dedos citando patifes e patifarias, corruptos e corruptores, tramoias e golpes, mentirosos e mentirosas, verdadeiras metamorfoses matreiras e ardilosas.

     Comemoramos os mais esdrúxulos dias, homenageando minorias e categorias vergonhosas, tudo pelo social, mas hoje, vamos mudar, falaremos de um HERÓI.  Perdoem - nos os que já conhecem o valoroso Duque de Caxias.

    O insigne brasileiro Luís Alves de Lima e Silva foi uma das mais fulgurantes personagens da história do Brasil. Sua trajetória é brilhante em todos os aspectos, aliando o soldado que se tornou a figura maior do Exército Brasileiro, escolhido que foi como o seu Patrono, pela retidão de seu caráter, pelo guerreiro nunca vencido, pelo genial estratego, mentor de manobras dignas dos mais renomados capitães da história da humanidade, trajetória enobrecida como cidadão brasileiro pelos tantos serviços dedicados ao País.

      Cognominado o “Pacificador”, sua grandeza foi escrita com habilidade nas lutas pela independência, nas hábeis ações contra as inúmeras tentativas de fracionamento da unidade nacional, onde transparecem as decisões magnânimas do estadista.

     Em todas as suas participações na história da Pátria se houve com grandeza exemplar, sobrelevando – se como um ícone, cuja vida baliza a trilha do idealismo, do militar que galgou os píncaros da excelência, do político probo, do homem acima dos interesses materiais, e inteiramente dedicado ao serviço da pátria.

     O respeito aos vencidos foi uma das qualidades sublinhadas pelo jornalista e acadêmico Barbosa Lima Sobrinho ao nomeá – lo “O Patrono da Anistia”, em artigo no “Jornal do Brasil”, de 22 de maio de 1988.

     É por demais conhecida a gloriosa saga do Duque de Caxias nos fastos da História do Exército Brasileiro, sendo reverenciado, anualmente, como “Patrono do Exército”, galardão que lhe foi conferido, pelo Decreto nº 51.429, de 13 de março de 1962, homologação justa ao maior prócer do Exército Brasileiro. Pacificador do Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e Estadista, foi um exemplo de integridade, de total dedicação às causas da Pátria, independentemente dos Governos que conduziam os destinos do País.

     Em resgate à memória do maior Soldado do Brasil, o Ministro da Guerra, General Setembrino de Carvalho, instituiu em 25 de agosto de 1923, a “Festa de Caxias”. Posteriormente, em Aviso nº 366, de 11 de agosto de 1925, estabeleceu a data de 25 de agosto, data do nascimento do glorioso Caxias, em 1803, como o “Dia do Soldado”, justo reconhecimento ao magnífico militar, reconhecido estadista e exemplar cidadão que atingira as mais excelsas posições, cargos e títulos que emolduram uma vida de superlativa relevância e consagram a quem foi Marechal do Exército, Conselheiro de Estado e da Guerra, Generalíssimo dos Exércitos da Tríplice Aliança, Barão, Conde, Marquês, Duque, Presidente das Províncias do Maranhão e do Rio Grande do Sul, Deputado, Senador, Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros, em ambas, por três vezes e, coroando sua incomparável trajetória, “Patrono do Exército Brasileiro”.

     O ilustre e respeitado escritor Gilberto Freire, absorvendo, sobretudo o iniludível significado de sua imagem, sentenciou:

- “Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis.

     Os “caxias” devem ser tanto paisanos como militares. Ocaxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares”.

     Carlyle em sua obra “Heroes and Hero – Worship” proclamou:

- “A História Universal, a História daquilo que o homem consumou neste mundo, é no fundo a história dos grandes homens que aqui obraram”.

     E, entre tantas loas com as quais se possa enaltecer sua figura, valemo – nos da primorosa e sintética referência do Coronel José Fernando da Maya Pedrosa, in “O Exército e a Sociedade Brasileira”, ao consignar:

-          “A atuação de Caxias sugere a figura carlaileana do homem providencial”.

Brasília, DF, 24 de agosto de 2011.

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Grupo Terrorismo Nunca Mais

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